terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Fundador do WikiLeaks nos Simpson


Julian Assange, fundador do WikiLeaks, é agora personagem da série de animação «Os Simpson».


Julian Assange, um dos nomes mais badalados dos últimos tempos, não se limitou a ser apenas jornalista, foi também fundador do WikiLeaks, sendo ainda o porta-vos do site. Mas Julian não se limita a ficar por aqui.

«Os Simpson» chegam este mês de Fevereiro ao episódio 500 e comemoram a entrada para o Guinness Book of World Records e Julian Assange terá um lugar no mesmo, interpretando-se a si próprio.

«Ele é uma figura controversa e há um bom motivo para isso. Discutimos internamente se seria uma boa ideia tê-lo no programa, mas acabamos seguindo em frente (…) Queríamos ter certeza de que seria satírico e ele estava aberto para isso», declarou o produtor executivo Al Jean .


Paralelamente, a este acontecimento, a Fox está à procura dos maiores fãs de «Os Simpsons» para bater o recorde de tempo continuo a ver a série, estimando-se uma maratona de 200 horas.


A Entertainment Weekly revelou já Assage em «amarelo».





Twitter detém turistas



Houve dias em que a liberdade de expressão não permitia que se dissesse sempre o que se queria. Mas sempre se contornaram esses limites da liberdade.




Agora chega a vez do Twitter, onde os «Anonymous» divulgam as suas acções contra a industria cultural.

Nos EUA, um turista irlândes foi detido após um tweet onde escreveu que iria «Destruir a América».

Sun Leigh Van Bryan, de 26 anos, so se deu conta no aeroporto de Los Angeles, onde o Departamento de Segurança Interna dos EUA os impediu de entrar no país.

A origem da ordem de expulsão de Sun Leigh do país resumiu-se à mensagem deixada no Twitter onde comentou com um amigo que «estou livre esta semana para uma breve conversa antes de ir e destruir a América».

Em declarações aos jornalistas o irlandês que «os agentes de Segurança Interna trataram-me como se fosse um terrorista», acrescentando que «estive sempre a dizer-lhes que tinham entendido mal o significado do tweet».

No entanto, isso não foi impedimento, o jovem foi alvo de um interrogatório de cinco horas antes de ser expulso.

Ainda que as redes sociais possam servir de alerta para possíveis terroristas partilharem as suas mensagens e ideias, mas nem todos serão terroristas. É ainda salientado que tal se deve ao clima de insegurança que nasceu na sequência do 11 de Setembro.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Viajar barato na TAP

A privatização da TAP está para breve, depois de todas as discussões que o tema originou. São vários os interessados, assegura a administração da TAP e o Executivo.

O Grupo IAG é um dos concorrentes de primeira linha para o negocio, mas até virem as assinaturas no papel muito está para acontecer. Contudo, Gavin Eccles, consulttor especializado em aviação da Neoturis, que seria interessante ver a TAP num modelo «Low Cost» do grupo que una a British Arways à Iberia Express.

Ainda não foi privatizada e já avança com o «low cost», será que ouviu Gavin Eccles, ou terá sido para combater os milhares de euros que estão a perder com a actual crise?

São mais de 40 destinos europeus para onde se pode viajar entre 37€ e 57€ com partidas de Lisboa e do Porto. Entre os voos mais baratos estão Madrid, Frankfurt e Lyon e nos mais caros Viena, Atenas, Oslo, Varsóvia e Zagreb (entre outros). A campanha é valida para bilhetes comprados até 11 de Fevereiro, mesmo que sejam para outra altura do ano.

Se queres viajar aproveita esta campanha, antes que a privatização chegue e a campanha acabe, para o bem e para o mal a TAP é a melhor companhia portuguesa, e continua a ser uma das empresas com mais passageiros a passarem pelos aeroportos do Continente e Ilhas, superando as duas maiores «low cost» a Ryanair e a easyJet, e não me parece que vá criar muitas oportunidades destas, a não ser que a sua politica interna mude com a privatização.

Obrigado à TAP por esta pequena regalia e ao Gavin Eccles que parece ter sido ouvido.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Porta a Porta


Possibilidade de obter lucros acima da média que é que não quer?

Mas quem é que consegue?


Em tempos de crise são vários os desempregados que clicam nos anúncios de internet, por vezes, pouco ou nada explícitos.

«Prestigiada empresa procura…» ou «Grupo de renome internacional procura…», é este o modelo de anúncios mais visto online, é dos mais procurados e ainda dos mais ilusórios.

«Boa tarde, estamos a contactá-lo devido à sua candidatura e gostaríamos de marcar uma entrevista.».

A entrevista é marcada, e após duas ou três palavras e o entrevistador mostrar-se desinteressado pela pessoa que esta se retira da sala. Não passa muito tempo, nos dois ou três dias seguintes são chamados.

«Estamos a ligar-lhe porque foi seleccionado para vir conhecer a empresa e reflectir sobre o trabalho»

Milagre! Depois de várias entrevistas, de várias candidaturas a pessoa pensa que vai finalmente ter um trabalho para que possa «sobreviver».

Pois bem, nem tudo é assim tão simples, directo e linear. Existe uma panóplia de diversões, palavras e atitudes que a empresa tem até conseguir que a pessoa fique com o lugar.

Ora na melhor das hipóteses, vai-se bater porta a porta (vulgarmente abreviado de d2d) e ouve-se «Olá boa tarde, estou a fazer um inquérito sobre seguros de saúde posso dar-lhe uma palavrinha?», e se a empresa for sediada perto da zona do Parque das Nações os inquéritos limitam-se à zona da Grande Lisboa, claro que todos os gastos de deslocação são responsabilidade da pessoa e nunca da empresa.

Outras das hipóteses, é vender livros porta a porta, ora o Circulo de Leitores fez isso até há bem pouco tempo, agora é mais provável ver-se o Sr. da Zon, Meo ou Tv Cabo a vender-nos um pacote que é melhor do que o que temos apenas porque possui mais um canal e é 20€ mais caro.

Na pior das hipóteses é que a empresa seja para os lados de Cascais e leve a pessoa para o Bombarral ou Venda do Pinheiro sem que se tenha conhecimento prévio e sem qualquer meio de saída. Se disserem que se vai fazer o «reconhecimento do território», não se vai conhecer nenhuma empresa, mas sim bater porta a porta e vender telefone onde o «esquema» é vender o «telefone do peixinho e do gatinho» a que o Fernando Mendes, no programa Preço Certo da Rtp1, faz publicidade. Neste caso o combustível será dividido pelas pessoas que vão no carro, sem que a empresa tenha algum prejuízo.

Quanto a pagamentos, bem se formos para os inquéritos só quando se atinge um certo número é que se recebe, normalmente ronda ou 25€ a 50€ semanais, entregues na mão, sem qualquer tipo de descontos para a Segurança Social e sem comprovativos.

No caso das operadoras de televisão por cabo, existe normalmente um ordenado base que ronda os 150€ e pode ir até 250€ sendo depois acrescentado comissões pelo número de vendas, se estas existirem.

Se a empresa estiver a vender «o peixinho e o gatinho» os objectivos tornam-se mais altos, é-se aliciado a ultrapassar as 10 vendas por semana (com as quais os «Chefes» da empresa irão arrecadar mais no bolso) de modo a abrir o «próprio negócio» noutra zona do país; ouve-se falar em 10 mil euros por mês e por vezes mais, o que leva a pessoa a tentar, a ficar e a querer quebrar os limites: mas sem obter qualquer tipo de satisfação.


Em tempos de crise, ninguém dá nada a ninguém e os louros e lucros vão sempre para os «Chefes», ou melhor para os vários Presidentes da Republica que existem espalhados por Portugal e enchem os bolsos à conta do Zé Povinho mais ingénuo.

Facebook cria postos de trabalho


Em tempo de crise, um estudo da Deloitte, vem mostrar que a empresa da rede social criou 232 mil postos de trabalho na União Europeia.


Estima-se que a receita proporcionada pelo Facebook ronde os 32 mil milhões de euros, o que se converte num impacto económico de 15,3 mil milhões de euros, sustentando 232 mil empregos em 2011.


A Deloitte revela ainda que a rede social cria o seu impacto económico através de efeitos limitados, criados por actividades diárias, e efeitos amplos, provenientes de terceiros como resultado do ecossistema do Facebook.


Existem assim 2 tipos de efeitos os limitados que são subdivididos em efeitos directos (salários dos trabalhadores, o pagamento de impostos, e os lucros gerados da actividade de 201), e os efeitos indirectos que contabilizam o valor criado nas indústrias da cadeia de fornecimentos resultantes do fornecimento de material necessário ao Facebook, e ainda os efeitos induzidos.


E existem depois os efeitos amplos, que contabilizam as participações empresariais e os efeitos da rede social e as vendas de tecnologia.


Os efeitos limitados arrecadam um impacto económico de 214 milhões de euros e uma criação de 3.200 empregos, enquanto os efeitos amplos representam 15,1 mil milhões de euros e 229 mil postos de trabalho.


O principal país de impacto é a Irlanda devido à empresa estar aí sediada.

Afinal ainda há empresas que consegue suportar a crise e criar postos de trabalhos na já afundada União Europeia

Eterno 29 do Benfica


Miklos Fehér sonhava com a glória. Hoje recordamos o mais tímido dos jogadores que passou pela Benfica, o eterno 29.





«Tímido, introvertido e acima de tudo tranquilo», foram as primeiras palavras do atacante da selecção nacional húngara quando chegou a Portugal.

Com os seus quase 20 anos tinha o sonho realizado, sonho este que desde os seus 10 anos ansiava.

Iniciou a sua carreira no Raba Eto de Gyor, onde jogou três anos como sénior, somando 23 golos em 62 jogos, antes de atrair a atenção do F.C. Porto, motivo pelo qual veio para Portugal, mas foi em Braga que encontrou a felicidade. Chegou às Antas no início da época 1998/99 e nos poucos jogos que fez não acertou na baliza, mesmo sagrou-se campeão no ano em que se estreava na sua nova terra.

Foi no Sporting de Braga que Fehér se revelou o grande jogador que era. Foi sob as ordens de Manuel Cajuda, que Miklos conseguiu a sua melhor prestação em terras lusas na época 2000/01 Finalizado o contrato azul, Miki rumou para Lisboa para representar o Benfica, onde reencontrou antigos companheiros e amigos como Drulovic e Zahovic que o ajudaram na sua integração.

Mostrou-se sempre cheio de garra, mas pouco calado. O trabalho que desempenhava fazia-o bem. Era querido por toda a claque e simpatizantes dos encarnados, possivelmente visto como um menino de ouro.

Mas a sua gloria não durou muito, no dia 25 de Janeiro de 2004, por sinal dia de anos de Eusébio e Mourinho, quando cerca das 21h30 Miklos Fehér caia sobre o relvado após um pequeno sorriso para o arbitro. O seu ultimo sorriso e o mais recordado.

Foi a vestir-se de vermelho e branco e a sorrir que Miklos Fehér finalizou a sua carreira e vida. Após ter visto um cartão amarelo por tentar impedir um lançamento lateral do adversário, sentido-se mal e caindo em campo. Faleceu devido a uma fibriliação ventricular devido a uma cardiomiopatia hipertrófica. Tinha 24 anos

Em sua memória, as águias retiraram o número 29 usado por ele, para que mais ninguém o use.


Também disponível em LusoFans

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Prepara o teu Verão

Espera-se um ano inteiro pelos festivais de Verão, aclamam-se nomes, fazem-se petições na esperança do artistas favorito visitar Portugal e pede-se «bis» para mais uma ou outra música.

Este ano não é excepção, Portugal, tal como todos os anos, tem um vasto cartaz de artistas em festivais e concertos impossíveis de ir a todos.

Vê a lista e começa a preparar o teu Verão

Vodafone Mexefest
Data: 2 e 3 de Março
Bilhete: 40 euros
Artistas: St. Vincent, Supernada, Hanni El Khatib, Foals (DJ set), Ladrões do Tempo, Fink, Beatbombers, Capitão Fausto, Tiger & Woods, Best Youth, Salto

Reggae Blast
Datas: 23 de Março (Lisboa) e 24 de Março (Porto)
Bilhetes: 25 euros (Lisboa) e a partir dos 17,50 euros (Porto)
Artistas: Dub Inc, Bushman, Omar Perry

Rock in Rio Lisboa 2012
Data: 25 e 26 de Maio; 1, 2 e 3 de Junho
Bilhete: 61 euros bilhete diário
Artistas: Metallica, Sepultura, Mastodon, Evanescence, Lenny Kravitz, Maroon 5, Expensive Soul, Ivete Sangalo, Bruce Springsteen

Optimus Primavera Sound
Data: de 7 a 10 de Junho
Bilhete: 85 euros
Artistas: Björk, Spiritualized, The xx, Beach House, The Walkmen, Afghan Whigs, Death Cab For Cutie, , Explosions in the Sky, Veronica Falls, Yo La Tengo, Olivia Tremor Control, The Drums, Washed Out, Jeff Mangum, Codeine, Neon Indian, Other Lives, SISKIYOU, Numbers Showcase

Optimus Alive'12
Data: de 13 a 15 de Julho
Bilhete: 53 euros bilhete diário e 105 euros o passe
Artistas: Stone Roses, Snow Patrol, Justice, Florence and the Machine, The Cure, Radiohead, Mazzy Star, Metronomy, Caribou

Sudoeste TMN 2012
Data: de 1 a 5 de Agosto
Bilhete: 95 euros passe geral
Artistas: David Guetta


Pavilhão Atlântico

Data: 21 de Julho - Blink 182 – preços a partir dos 34 euros

Data: 28 e 29 Abril – Il Divo – preços a partir dos 30 euros


Coliseu dos Recreios

Data: 16 Fevereiro – Guano Apes – 25 euros

Data: 11 de Março – Simple Plan – 30 euros

Data: 22 Março – LMFAO – preços a partir dos 22 euros

Data: 27 e 28 de Março – James Morrison – preços a partir dos 32 euros

Data: 24 de Maio – Maria Gadú – preços a partir dos 30 euros


Outros

Fatboy Slim – Discoteca Lux – 9 Fevereiro – 20 euros

Valete – Campo Pequeno – 2 Março – preços a partir dos 20 euros

Moonspell – Campo Pequeno – 12 Maio – preços a partir dos 20 euros

Coldplay - Estádio do Dragão – 18 Maio – preços a partir dos 55 euros


Há ainda festivais sem quaisquer artistas confirmados.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Memórias Jamais Esquecidas

Com a implantação do regime republicano em Portugal a colonização de Angola entrou numa nova fase. Existia agora a crítica pelos monárquicos terem abandonado as colónias e havia a preocupação com a educação daqueles povos. O impacto da Segunda Guerra Mundial foi devastador, pois veio provocar uma reviravolta nas relações entre nações colonizadoras e povos dominados.

A situação das colónias africanas começou então a transformar-se e na década de 50, a questão da descolonização dessas colónias africanas emergiu no plano internacional e tornou-se uma questão incontornável, sendo nessa época publicado o primeiro manifesto do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). O desejo de libertação do povo africano começou assim a crescer cada vez mais e no princípio dos anos 60 existiam já três movimentos de libertação (UPA/FNLA, MPLA e UNITA) que iniciaram a luta armada contra o colonialismo português. Dá-se então o Ultramar, também conhecido como Guerra Colonial Portuguesa, e vulgarmente conhecia como Guerra de Libertação pelos africanos independentistas. (…) Esta guerra subsistiu entre 1961 e terminou em 1974/75 com o fim do Estado Novo, durante cerca de 13 anos Portugal encaminhou para as colónias africanas milhares de soldados.

(…) Pela parte portuguesa, a guerra sustentava-se pelo princípio político da defesa daquilo que se considerava território nacional, baseando-se ideologicamente num conceito de nação pluricontinental, para Salazar o Portugal deste tempo era um país uno e indivisível do Minho a Timor, e multi-racial. Pelo outro lado, o lado africano, os movimentos de libertação justificavam-se com base no princípio inalienável de auto-determinação e independência, num quadro internacional de apoio e incentivo à luta. Angola, com os ataques às prisões de Luanda e às fazendas portuguesas que marcaram o início da luta armada, foi das colónias mais afectadas e onde primeiramente os colonos se organizaram para tentarem obter a sua independência. António Francisco Narciso Leonor, que em 1968 tinha apresentado praça, tinha já a ideia que com o avanço da guerra era provável que fosse recrutado, sendo então enviado para Angola em 1969, para defender o território nacional com os seus 21 anos. (…) A partir 1969 a guerra agudizou-se, tudo se complicara, a guerra obtinha agora o auge. O soldado de transmissões que integrou a Companhia de Caçadores 2456 pensava apenas que tinha de se defender a si próprio e assim, por consequência, defender os companheiros de guerra e a população que vivia lado a lado com ele. O soldado Leonor que esteve inicialmente por Luanda, passou também por Muié, Chitembo e terminou no Lobito. Recorda o Muié como a pior zona por onde passou, “uma autêntica zona de guerra”, e onde nada havia, apenas miséria, no entanto o Lobito já era como uma zona de férias. (…) As fracas condições de vida daquela população eram notáveis, bem como a ingenuidade feminina. Estas não eram só abusadas pelos soldados, mas também pelo homem negro, eram cerca de quatro mulheres para cada homem, limitando-se a dar-lhes ordens sem que nada lhe ocupasse tempo. Era já um hábito. Apesar disso, a relação com a população em geral era boa, pois tinham de conviver habitualmente com eles. Eram alimentados a peixe seco, e com a farinha faziam um tipo de massada que comiam com alguns bichos, não havia qualquer tipo de defesas. Por outro lado, a relação com os guerrilheiros, aos quais chamavam turras, era de ódio, e era esse ódio que sustinha a guerra e originava cada passo que ali se dava. Não tinham qualquer receio de ir à luta, nem podiam ter, era “matar para sobreviver” se não matassem, eram mortos. Havia mesmo quem dissesse que “matar um turra era como ir à caça e matar um coelho”. (…) O mais imprevisível que tinham eram as minas escondidas nos caminhos por onde os carros passavam. Estas rebentavam de acordo com o que os turras queriam, “podiam rebentar (…) só no quarto carro, era como eles decidiam”, muitos foram atingidos, companheiros do soldado António chegaram mesmo a perder determinados membros do corpo e ainda assim conseguiram sobreviver. Existia dentro destes soldados uma força desumana que os fazia vencer em vez de serem vencidos. Quando ao longe, já avistavam as lareiras acesas era porque alguém tinha informado os turras. Naqueles locais considerados de grande perigo mandava-se a aviação bombardear e só depois é que eles agiam. Por vezes a população vinha entregar-se com fome, alem das poucas condições que tinham tudo o que era semeado era destruído pelas corporações. Algumas vezes os turras descobriam e quando assim era, seguiam a população, apanhavam-nos e tratavam-nos muito mal, acabando por servir muitas vezes de isco para conduzirem os soldados até emboscadas.

António Leonor, agora com 62 anos, recorda com algum riso que as torturas que ali passou foram proporcionadas pelo facto de andar sempre carregado com o transmissor, a bateria, armas, carregador e tudo mais, e que isso era o que mais lhe custava, caminhar horas a fio com todo aquele peso. Já com alguma seriedade, revela que as torturas que sofreu foram mais no campo psicológico, nunca foi capturado, mas viu companheiros a serem mortos. No entanto o pior momento do soldado da Companhia de caçadores 2456 foi uma emboscada que ele e os seus companheiros sofreram e que tiveram vários mortos, “foi horroroso! (…) toda a gente chorava”. Enganados por um guia que em vez de os conduzir até ao local desejado acabou por os levar para um local distinto, a raiva mobilizou-os, acabando o guia por ser interrogado e mais tarde morto. O choque para a companhia foi enorme, deixando de comer durante alguns dias devido aos nervos que tinham acumulado. (…) Quanto aos guerrilheiros eram capturados e iam já algemados para o acampamento, para depois se prenderem a ferros, serem interrogados e torturados caso não colaborassem com os portugueses. Os que eram alimentados era a arroz salgado e sem qualquer tipo de bebida. O soldado de transmissões conta ainda uma operação em que apanharam turras que vinham pelo lado da Zâmbia e tinham consigo documentos que mostravam pertencer ao Movimento Popular de Libertação de Angola, acabando por serem mortos à punhalada. Mais uma vez, o ódio fê-los mover. Passados escassos meses da sua permanência por Angola, António Leonor, tornara-se um selvagem, como todos os companheiros. A linguagem tornara-se grosseira e rude. Viu balas a passarem-lhe rente à sua cabeça, pensou por momentos que podia ter morrido, ainda que nunca tivesse pensado nisso quando foi para Angola, pois nunca quis pensar que podia não voltar mais a casa

Alguns dos acidentes de guerra entre soldados foram causados pela situação de guerra em que se encontravam. (…) A maior alegria que os soldados tinham era quando avistavam o avião, sabiam que era o correio e gritavam “Aviãooo…” enquanto corriam em direcção ao acampamento na ânsia que algo lhes fosse entregue, um sinal de saudade e de carinho, no entanto também “era triste, muito triste, quando não se recebia nada…”. Antes de regressar a Lisboa, o soldado António Leonor, esteve cinco meses no Lobito, era para ali que os enviavam antes de regressar à Metrópole para que readquirissem o lado civilizacional. (…) António nunca esquecerá aqueles anos em Angola, nem de alguns rituais que a população tinha, “era gente diferente”. Os dois anos passados em África mostraram a António Francisco Narciso Leonor um mundo diferente que o fazia ter de estar preparado para todo o tipo de incidentes.

Contudo, António agora entende que deu a sua vida por uma colónia, por um pouco mais da Nação portuguesa, ao contrário do que pensava na altura.

Hoje, décadas depois os negros continuam a olhar para nós, portugueses, com desconfiança e como um povo invasor, sendo difícil mater uma certa relação com as colónias de outrora

Anonymous


FBI fecha site do Megaupload, Anonymous deitam site do FBI a baixo, FBI detém fundadores do Megaupload e Anonymous continuam sem dar tréguas.

O polémica sobre as leis anti-pirataria nos EUA e o encerramento do site Megaupload.com levaram os activistas do movimento Anonymous a entrar em «guerra».

No Twitter em @Anon_Central estão quase todos os passos deste grupo e recentemente uma lista com ligações que permitem fazer o download das discografias dos artistas da fazem parte da Sony e ainda dos filmes que estrearam entre 2000 e 2011.

Na rede social os Anonymous dão a conhecer outa campanha, a «Black March» («Março Negro»), que influencia de algum modo os internautas a diminuir os lucros da industria cultural, boicotando em Março o consumo destes conteúdos. Não adquirir, online ou não, músicas, não ir ao cinema e não comprar videojogos são algumas das propostas que estão em black-march.com .

Na mesma página é ainda possível ver um gráfico com o apoio dos membros do congresso norte-americano às leis de antipirataria SOPA e PIPA diminui após os protestos realizados na internet.

Já no Twitter, este movimento pediu aos seus seguidores da conta @Anon_Central, que digam qual a próxima página da Internet que desejavam que fosse atacada.

No entanto, há já alguns internautas que põem em causa a «legitimidade» destas campanhas, pois tudo é divulgado nas redes sociais.

Por outro lado, na conta @Anon_Central refere-se que o movimento "está descentralizado", ou seja « tu és o teu líder».


Fonte: Expresso



Petição contra Cavaco Silva

Depois das afirmações de PR durante os últimos dias, as redes sociais encheram-se de manifestações contra Anibal Cavaco Silva, e houve até quem fizesse uma petição online.

Nuno Luís Marreiros é o autor desta petição «Pedido de demissão do Presidente da República» que até segunda feira conseguiu arrecadar cerca de 4000 assinaturas.

Na petição são recordadas as declarações do Presidente da República Portuguesa na sexta-feira, quando o mesmo afirmou que aquilo que vai de reforma «quase de certeza que não vai chegar para pagar» as suas despesas.

No mesmo texto, Nuno Marreiros salienta que «Estas declarações estão a inundar de estupefacção e incredulidade uma população que viu o mesmo Presidente promulgar um Orçamento de Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros», vendo isto como uma «grande falta de senso e de respeito para com a População Portuguesa».

«Peso isto bem como o medíocre desempenho do senhor Presidente da República face à sua diminuta intervenção nos assuntos fundamentais e fracturantes da sociedade portuguesa, os cidadãos abaixo assinados vêm por este modo transmitir que não se sentem representados, nem para tal reconhecem autoridade ao senhor Aníbal António Cavaco Silva e pedem a sua imediata demissão do cargo de Presidente da República Portuguesa», é ainda acrescentado à petição.

Contactado pela Agência Lusa, Nuno Luís Marreiros, explicou que desta vez não ia só «comentar só com os amigos», mas sim tomar uma posição.

Ainda não se sabe qual o desfecho desta petição, mas o autor da mesma refere que gostava que houvesse algum tipo de «consequências» para o Chefe de Estado.

É de relembrar que uma petição necessita de quatro mil assinaturas para ser apreciada no plenário da Assembleia da República.

Fonte: Publico

Photobomb


Esta é das novas expressões mais usadas, mas que muitos não sabem o seu real significado.

Photobomb é então quando algo ou alguém arruína uma fotografia, não por manipulação, não por descuido, mas porque não devia aparecer nela. É verdade que é algo feito muitas vezes sem se dar conta, mas só agora o termo está na moda.

No entanto o Photoshop continua a fazer as suas «maravilhas» e já esta a «Photobombar» algumas imagens.






Aqui fica o vídeo de como o fazer no Photoshop



Homenagem às Mulheres

É jornalista e sociólogo e detém um grande à vontade com as palavras.Esteve presente n'O Expresso e fundou O Independente com Paulo Portas, bem como a revista Kapa. No entanto só se tornou conhecido pela sua participação em programas televisivos.

Entre os vários livros e textos publicados deixo-vos este:




Miguel Esteves Cardoso - Homenagem às mulheres



«Só quando os homens chegam a uma certa idade é que podem dizer com certeza que as mulheres são melhores do que eles em tudo - mesmo na bola, a carregar pianos, a lutar com jacarés ou nas outras coisas em que ganhávamos quando éramos mais novos e brutos e fortes.

Quando se é adolescente, desconfia-se que elas são melhores.Nos vintes, fica-se com a certeza.Nos trintas, aprende-se a disfarçar.Nos quarentas, ganha-se juízo e desiste-se.Nos cinquentas, começa-se a dar graças a Deus que seja assim.Os homens que discordam são os que não foram capazes de aprender com as mulheres (por exemplo, a serem homenzinhos), por medo ou vaidade ou estupidez.Geralmente as três coisas.

Desde pequenino, habituei-me que havia sempre pelo menos uma mulher melhor do que eu. Começou logo com a minha linda e maravilhosa mãe, cuja superioridade - que condescendia, por amor, em esconder de vez em quando - tem vindo a revelar-se cada vez mais. As mulheres são melhores e estão fartas de sabê-lo.Mas, como os gatos, sabem que ganham em esconder a superioridade.Os desgraçados dos cães, tal como os homens, são tão inseguros e sedentos de aprovação que se deixam treinar.Resultado: fartam-se de trabalhar e de fazer figuras tristes, nas casas e nas caças e nos circos.Os gatos, sendo muito mais inteligentes, acrobatas e jeitosos, sabem muito bem que o exibicionismo vai levar à escravatura vil.

Isto não é conversa de engate. É até um tira-tesões. Mas é a verdade. E é bonita.»